domingo, 23 de novembro de 2014

Sou o que sou

  • Sou o que sou,
  • Algo vivo ou morto, bruto ou ainda a se lapidar.
  • Expressivo, ou ainda inexpressivo.
  • Que tento viver dentro das felicidades ou amarguras.
  • Vestido ou despido das relações e culturas.
  • Sem saber exatamente o que é certo ou errado.
  • Se aquilo que nos mostram é verdadeiro ou falso.
  • Se as políticas são estratégicas ou impensadas.
  • Que fazem a sociedade se subordinar sem precisar pensar.
  • Se pensar ou refletir leva a novas relações, ou se impede novas relações.
  • Se as tristezas são meras e insignificantes relações dos homens,
  • Porque são criadas a partir de suas próprias necessidades.
  • Se as necessidades criadas, estão diretamente relacionadas aos modos imprimidos pelas culturas, ou se as culturas determinam as necessidades.
  • Mas me pergunto! Se a vida é efêmera, por que somos direcionados a crer? Ou a crença se manifesta a partir de nossas fraquezas. Se tudo tem a finalidade do fim? Porque nos perdemos na busca de solução para aquilo que não tem solução. Ou se ainda se o próprio universo tem fim, por que não queremos este fim? Se sou o que sou, porque não me limito a não questionar, e a não propor solução, para uma coisa que é natural. Que não há solução. O que prova que como cultura sou impelido a crer na minha eternidade. E crendo na minha eternidade, não consigo concordar com o fim.
  • E aí se vai a vida, ludibriada, enganada, amortecida, supérflua, individualista em alguns momentos, e coletiva quando a solidão se abate. E nesta aglutinação se canta, se brada, se acredita na possibilidade da solução.
  • Solução para aquilo que não existe, porque nem sabemos se existimos, mas, a virtualidade do irreal, se transforma no real. E no clarão da luz que nos ainda é possível ver, vivemos e convivemos com aquela energia que nos gerou a matéria. E a possiblidade de achar que racionamos, quando na verdade estamos inertes diante do que não conhecemos e cegos do que mesmo com a luz não vemos.
  • Portanto, na nossa virtualidade, criamos relações e nos acomodamos diante dos fatos, ou ainda ato do improvável, vivemos da criação de obras incompletas, porque incompletos somos, e animalizados pelas necessidades corpóreas da nossa existência, eliminando os mais frágeis, para que possamos sobreviver as agruras da vida. E sobrevivendo vamos, na busca de nossa eternidade. 


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